ORÁCULO DO “CARA” DE 27 DE FEVEREIRO DE 2013
São Jorge - o guerreiro que mata o dragão,
ente associado ao mal e ao terror, mas, também à proteção
dos tesouros. Lutar e vencer o dragão traduz a iniciação e a evolução
através da provação. Esse animal mitológico também é símbolo da imortalidade,
da união dos contrários e do poder divino.
Dia desses estava assistindo “Salve Jorge” - às vezes não há nada melhor para relaxar após um dia tenso do que ver uma novela, série de TV ou filme – e comecei a divagar sobre o sucesso da música “Esse Cara Sou Eu”.
Roberto Carlos conseguiu com uma letra e melodia simples expressar o desejo da maioria das mulheres que, inconscientemente ou não, ainda estão em busca do amor romântico e idealizado. Nada contra, muito pelo contrário, estou incluída nessa categoria. Roberto é esperto, o “cara” que ele descreve é “universal”, ou seja, vai ao encontro dos desejos de 99,9% das mulheres na faixa dos 20 aos 120: Quem não quer o “cara” que ele canta? Sei que algumas mulheres não vão concordar comigo, por isso reitero: “99,9% das mulheres”.
Logo em seguida, passei a pensar sobre as nuances do “cara”: Aquele que nos arrebata quando temos 20 anos e o que nos encanta aos 50 – tenho certeza de que haverá controvérsias, portanto espero que vocês contribuam com sugestões e se sintam com liberdade para expor seu ponto de vista, afinal estou dando a minha versão do “cara”. (o grifo é proposital).
Quando temos 20 anos o “cara” é aquele que...
se esmera para ser um ícone. |
Quando temos 50 anos o "cara" é aquele que...
pouco se importa em ser um ícone. |
Mostra-se poderoso e esconde suas fraquezas.
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Assume suas fraquezas.
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Esperamos lindas e perfumadas, logo após sair do banho.
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Acha que estamos lindas, mesmo que exaustas, “acabadas”, após um longo dia de trabalho.
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A admira se você está com o corpinho malhado e as unhas impecáveis com o esmalte da moda.
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Admira cada detalhe nosso: o sorriso, o jeito de ser, nossa mão, nosso pé mesmo que você não tenhamos ido à manicure.
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Nos “ensina” como dormir para não incomodá-lo durante a noite.
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Ri ao saber que roncamos.
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Quer nos ver com nossa melhor lingerie.
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Pouco se importa com a cor de sua calcinha, pois não vê a hora de tirá-la.
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Pede espaço, pois não quer se sentir “invadido”, e aceitamos por não querermos nos sentir "invasoras".
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Percebe, mesmo precisando de espaço, que nossa ansiedade é desejo e consegue lidar com isso.
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Quer “dar uma força” para pararmos de fumar, alegando que não beija cinzeiro.
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Faz de tudo para ajudar-nos a parar de fumar e enquanto não conseguimos, nos oferece um Halls e nos beija com paixão.
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Fazemos de tudo para agradar e mesmo assim nos deixa descompensadas.
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Aceita-nos com nossas qualidades e defeitos e nos faz sentir equilibradas.
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Está interessado em nosso corpo.
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Está interessado em nossa alma.
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Acredito que a lista acima seja infindável, pois quanto mais escrevo, mais ideias tenho. No entanto, é sábio saber quando parar e se tivesse de resumir em poucas palavra todos os aspectos que espero de um homem em minha faixa etária não só cronológica, como também psicológica, estas seriam: integridade e transparência.
Bem, desculpem o desabafo, mas há poucos dias achei que tivesse encontrado o “cara”; infelizmente não foi dessa vez... quem sabe da próxima.
De qualquer forma, tudo tem seu lado positivo.
Esse relacionamento fugaz me levou não só a escrever esse post, como a questionar o que espero de um companheiro nessa etapa de minha vida. As necessidades e a disponibilidade que tinha aos 20, com certeza, são bem diferentes das que tenho hoje aos 50.
Portanto convido todos vocês a fazer o mesmo.
E antes que eu me esqueça...
E antes que eu me esqueça...
Beijos,
Cláudia
PS: Caso algum de meus amigos queira contribuir com a versão masculina de quem é “a cara”, suas sugestões serão muito bem-vindas.