quinta-feira, 28 de março de 2013



BREVE MENSAGEM DE PÁSCOA DE 28 DE MARÇO DE 2013




Meus queridos leitores,
Tenho estado ausente, pois estou trabalhando em um projeto que está demandando grande parte de meu tempo, mas espero logo mais poder compartilhar minhas mensagens com vocês.
Não poderia, no entanto, deixar de desejar uma Feliz Páscoa para vocês e que esta seja um momento de reflexão e renascimento para todos nós.

Beijos reflexivos,

Cláudia Coelho


PS: Leiam abaixo a origem e simbolismo dos ovos de Páscoa (dica para os curiosos: cliquem com o botão esquerdo do mouse sobre a palavras em negrito e serão direcionados para um link da wikipedia sobre o tema).






O ovo de chocolate ou ovos de Páscoa e uma tradição milenar relacionada ao cristianismo. Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é uma data festiva que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, sendo o ovo um símbolo de nascimento. Outros povos como os gregos e os egípcios também coloriam ovos de galinha ocos, porém em datas diferentes.
O ovo é símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e o renascimento da vida. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo, a troca de ovos no Equinócio da Primavera era um costume que celebrava o fim do Inverno e o início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo.
Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo.
Os ovos de chocolate tiveram origem com os Pâtissiers franceses que recheavam ovos de galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os encontrassem na época da Páscoa. Com melhores tecnologias, a partir do final do século XIX, se difundiram os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados até hoje.


domingo, 24 de março de 2013



PARÁBOLA DO AÇÚCAR DE 24 E 25 DE MARÇO DE 2013





Contribuição de minha querida mãe Wanda Coelho


O texto abaixo não tem caráter religioso, mas sim espiritual, portanto, leiam o termo "Deus"  sem preconceitos, inclusive por ele ser apenas uma palavra que representa um conceito maior. Substituam-no por Poder Superior, Senhor, Universo, Natureza, Energia, Força Maior...   ou qualquer outro que esteja de acordo com sua crença e faça sentido para vocês e extraiam a essência da mensagem abaixo, a qual apesar de simples, é de extrema profundidade.


Certo dia, uma professora perguntou a seus alunos se algum deles tinha uma resposta à seguinte pergunta:
- Algum de vocês sabe me explicar quem é Deus?





Uma das crianças levantou o braço e respondeu:
- Deus é nosso Pai. Ele criou a Terra e tudo que nela está e nos tornou seus filhos.
A professora, não satisfeita com a resposta, desafiou seus pupilos:
- Muito bem. Mas, como vocês sabem que Deus existe se nunca o viram?
Ante a indagação a sala ficou em silêncio... Minutos depois, Pedro, um menininho muito tímido levantou-se e disse:
- Minha mãe falou que Deus é como o açúcar que ela coloca no leite que prepara para mim todas as manhãs, eu não vejo o açúcar, mas caso ela não o coloque, esse ficará sem sabor. Deus existe, está sempre entre nós só que não o vemos; mas caso ele faltar nossa vida fica sem graça.

A professora ao ouvir as sábias palavras de seu aluno, sorriu e disse:

- Muito bem Pedro. Eu já ensinei muitas coisas a vocês, mas hoje foi sua vez de me ensinar algo muito além de todo meu conhecimento. Aprendi que Deus é o “açúcar em nosso leite” - mesmo não o vendo, ele torna nossa vida mais doce.

E, ainda surpresa com as palavras de seu tímido aluno, a professora deu-lhe um beijo e retirou-se da sala.




Autor desconhecido


Portanto lembre-se de adoçar sua vida, dia após dia.
E, nunca se esqueça de que ser sábio está além ser conhecedor e de que há muitas teorias, mas nenhuma delas suplanta o poder da vivência.
Cláudia Coelho

quarta-feira, 20 de março de 2013



PARÁBOLA DA APRENDIZAGEM DE 21 DE MARÇO DE 2013 - PARTE I






Era uma vez uma menininha que como toda criança curiosa e sagaz não se cansava de perguntar: “Mas, por quê?”, a tudo que lhe diziam. A garotinha foi crescendo e seu senso investigativo tornando-se cada vez mais aguçado. Já adulta, não mais se contentava em saber dos fatos, fossem eles políticos, religiosos, esotéricos, exotéricos... queria conhecer seus meandros, suas origens e consequências e, quando começou a trabalhar sua sede de saber era tanta que mergulhou e buscou aprofundar-se em todos os aspectos de sua profissão e, então, chegou o momento fatídico: aquele dia em que ao acordarmos contemplando o marasmo - sentindo como se não tivéssemos mais para onde ir. A garota, agora uma mulher, achava, em sua ignorância, que não tinha mais nada a aprender e decidiu sair, caminhar sem destino e, sem mais nem porquê, deparou-se com uma placa colocada em frente a uma pequenina casa de tijolos aparentes que dizia: “CURSO PARA AQUELES QUE TUDO SABEM”.  


Ressabiada, entrou e subiu as escadas que levavam a um salão sem ornamentos, apenas algumas almofadas jogadas aqui e ali, com uma vela acesa no centro. Sentou-se, então, em um canto e esperou entediada. A sala foi, aos poucos, ficando repleta de pessoas que carregavam o mesmo semblante desconfiado e entediado que o dela. Às tantas, quando a vela apagou-se, um senhor com vestes brancas e olhar compassivo entrou no salão e perguntou:
- Na opinião de vocês quem foi o maior filósofo da antiguidade?
Os participantes se entreolharam confusos, com medo de dar a resposta incorreta, afinal se consideravam sabedores. Por fim, um deles disse: “Sócrates!”. “Sim, Sócrates!”, todos clamaram a seguir.
- E qual foi seu mais importante ensinamento?”. Perguntou o senhor.
Todos se entreolharam, mais uma vez sem saber o que responder, e após instantes de silêncio o senhor encarou cada um dos presentes e exclamou:
-“Só sei que nada sei”.
E continuou:
- Qual foi a última vez que vocês se abriram para ver o pôr do sol e perceber que a cada dia ele tem matizes diferentes, para ver o outro e perceber que o brilho de seu olhar está diferente a cada momento? O mundo não para, as pessoas mudam, a natureza se transmuta e a vida se transforma, basta observar. Ao achar que tudo sabemos, tornamo-nos obsoletos, deprimidos, sem lugar no mundo. A maturidade vem de saber que aquilo que talvez tenha sido verdade ontem, não mais cabe no momento presente. Mantenham os sentidos alerta, sugando o que a vida tem a lhes ofertar aqui e agora e dessa forma estarão conectados com o divino em vós.
E sem mais uma palavra, o homem com vestes brancas e olhar compassivo, sem citar seu nome, retirou-se do recinto.
A garotinha que se transformara em mulher, assim como a maior parte dos presentes, lá se quedou buscando absorver o que ouvira. Momentos depois, levantou-se, desceu as escadas, e ao sair pela porta olhou para o céu a fim de vislumbrar o pôr do sol.


"Reexamine tudo que lhe foi ensinado e descarte qualquer coisa que insulte sua alma"
Walt Whitman

terça-feira, 19 de março de 2013


ORÁCULO DO DALAI LAMA DE 19  E 20 DE MARÇO DE 2013



Para manter minha promessa de postar um texto a cada dois ou três dias, havia preparado uma reflexão que, infelizmente, em virtude dos últimos acontecimentos que vivenciei, terá de ser reeditada.
Decidi, portanto, ofertar àqueles que seguem meu blog um texto do Dalai Lama, que me foi encaminhado como mensagem de “Bom Dia!” por minha prima Fernanda em um momento muito especial.

COMO ALCANÇAR A FELICIDADE


Todo tipo de felicidade e de sofrimento pode ser dividido em duas categorias principais: mental e física. Dessas, é a mental que, de modo geral, tem influência maior. A não ser que estejamos gravemente doentes, ou privados de nossas necessidades básicas, a condição física representa um papel secundário em nossa vida. Quando nos sentimos bem, praticamente ignoramos o corpo. A mente, no entanto, registra cada evento, por mais insignificante que seja. Consequentemente, deveríamos nos devotar com esforço diligente à produção da paz mental. A partir de minha própria limitada experiência, descobri que o mais alto grau de tranqüilidade interior vem do desenvolvimento do amor e da compaixão. Quanto mais nos ocupamos com a felicidade alheia, maior é nossa sensação de bem-estar. O cultivo de sentimentos amorosos, calorosos e próximos para com o próximo automaticamente descansa a mente. Isto ajuda a remover quaisquer temores ou inseguranças que possamos ter e, nos dá forças para enfrentarmos quaisquer obstáculos. Essa é a principal fonte de sucesso na vida. Enquanto vivemos neste mundo estamos destinados a encontrar problemas. Se, nessas ocasiões, perdemos a esperança e nos desencorajamos, diminuímos nossa capacidade de encará-los. Se, por outro lado, nos lembramos que não se trata apenas de nós, mas, que todos sofrem, de uma forma ou de outra, criamos uma perspectiva mais realista da vida a qual aumentará nossa capacidade e determinação para sobrepujarmos nossos entraves. Na verdade, ao adotarmos essa atitude, cada novo obstáculo que se apresenta passa a ser encarado como mais uma oportunidade valiosa de aprimorar nossa mente! Portanto ao nos tornarmos gradualmente mais compassivos, ou seja, quando desenvolvemos a genuína empatia pelo outro e nos mobilizamos para ajudá-lo a remover sua dor, percebemos, que paulatinamente nossa serenidade e força interior também aumentam.
Dalai Lama

ADENDO:


Como praticamente tudo na vida tem dois lados, todo o esforço descrito acima de nada valerá caso tenha como propulsor em vez de sentimentos genuínos, motivações egoístas : a ajuda daquele que visa apenas o benefício próprio, a daquele que busca estar com a consciência tranquila após ter cumprido "sua tarefa", a daquele que visa apenas o lucro; não importa qual seja.
Cláudia Coelho



quarta-feira, 13 de março de 2013


ORÁCULO DA SOLITUDE DE 14 E 15 DE MARÇO DE 2013

Dedicado a Fernanda Coelho



Ontem, ao acordar deparei-me com uma mensagem encaminhada por minha prima Fernanda que dizia: "Clau, não deixe de assistir a esse vídeo!".

Fernanda e eu havíamos perdido contato há muito tempo, e as festas em família hoje não são mais tão frequentes quanto o eram há 20 anos, mas, para minha surpresa e alegria, e por obra do acaso,  voltamos a nos falar. 

O vídeo em questão era o de uma conferência de Joyce Meyer – uma oradora americana que não tem “papas na língua” - durante a qual ela discorre sobre a solidão, uma pandemia nos dias de hoje. 


Sempre fui avessa a oradores americanos, mas as palavras de Joyce me tocaram. 

Encontrava-me frustrada pois a maior parte de meus contatos, meus ditos “amigos”, se encontram no Facebook, no Skype, e mesmo assim, ou, exatamente por isso, quase nunca atendiam aos meus telefonemas e, quando o faziam estavam sempre “muito ocupados”. Imagine o que diriam caso eu propusesse me encontrar com eles  ao vivo e em cores? Provavelmente: “Quem sabe no próximo semestre ou no ano que vem...”. E o que dizer quanto aos milhares de e-mails que recebemos, mesmo de contatos profissionais,dizendo: “Entro em contato, o mais tardar, ao final da tarde” e, esse retorno nunca vem, nem no final da tarde, nem nos dias seguintes. 

Bem, vamos deixar de milongas e ir ao que realmente importa: a mensagem de Joyce Meyer.
Acredito que suas palavras servirão a muitos, assim como serviram a mim e, portanto decidi compilar suas principais ideias neste post:


  • Você nunca está só. Há milhares de pessoas que compartilham dos mesmos sentimentos.
  • Você não deve nada a ninguém.
  • Quando sofremos uma perda e nos sentimos vazios a pior coisa que pode nos acontecer é nos ver rodeados de pessoas que se mostram “felizes”.
  • Você não caminhará sobre as águas caso não saia do barco.
  • O Universo quer que saiamos de nossa “zona de conforto”.
  • Às vezes a única coisa que precisamos é ter alguém que nos abrace e diga: “Estou a seu lado”.
  • Os pássaros voam em bando, mas a fênix voa sozinha, renascendo das cinzas. 
  • Mesmo quando nos sentimos sozinhos, feridos e que ninguém nos compreende a pior atitude que podemos ter é alienar-nos do momento. Isso gera sentimentos conflitantes e dá espaço para que o espírito da tristeza se apodere de nós.
  • A solidão não está relacionada à quantidade de pessoas com quem convivemos, mas, sim, à qualidade delas.
  • É preciso validar seus sentimentos e suplantar a dor de ser mal compreendido por alguns dos que lhe são caros -  o que na psicanálise é citado como “suplantar a falta de ter um interlocutor.
  • É preciso olhar o momento com os “Olhos da Fé”, sabedor de que as coisas temporais são breves e passageiras. Exercite a habilidade de ver além do momento e o aprendizado que este pede.
  • Não fique sentado, desencorajado, sem saber para onde ir. Faça uso de seus recursos internos.
  • Observe seus “heróis”. De modo geral, são pessoas que passaram pelo mesmo que você e conseguiram dar a volta por cima.
  • Sê fiel á sua caminhada, mesmo que seu fogo interior esteja se extinguindo. Por vezes só precisamos de algo ou alguém que dê uma lufada de ar na fagulha que ainda resta em nós para acender nossa fornalha interior.
  • Conscientize-se de que uma dificuldade não é motivo de tristeza, mas, sim, de alegria, pois ao vencê-la você se tornará uma pessoa melhor.
  • E, por fim, caso se sinta desolado, deprimido, não se prenda ao momento. Saia e faça algo em prol de alguém. Além de fazer bem ao espírito, isso o ajudará a mudar sua percepção de mundo.
E lembre-se sempre de que:

“Quanto mais mantivermos o foco em nossas adversidades, em nossos problemas, maior eles se tornarão e, por fim, se transformarão em um monstro que nos consumirá. Entregue-os, pois, ao Universo, para não ser tomado por eles, e aceite que, por vezes, nós, seres humanos, somos impotentes perante a adversidade.”


 

Beijos de quem se encontra sozinha, mas  de forma alguma solitária, 
Cláudia Coelho

terça-feira, 12 de março de 2013



ORÁCULO DA MENTE E DO PENSAMENTO DE 12 E 13 DE MARÇO DE 2013


A ÁRVORE DA VIDA



CORPO
MENTE
ESPÍRITO
...
ALMA

Quantos de nós cuidamos do corpo? A imensa maioria. Apesar de a obesidade ter se tornado uma pandemia, o culto ao corpo nunca esteve tão em alta, basta olhar as capas de revista.

Quantos de nós cuidamos do espírito? Cada vez mais e mais pessoas. Não cabe aqui julgar se de forma consciente ou alienada, mas a verdade é que o número de “fiéis” e de “igrejas” cresce de modo exponencial.

Quantos de nós cuidamos da mente? Pouquíssimas pessoas, pois, de modo geral, permitimo-nos ser levados por nossos pensamentos; os quais são desordenados, não tem pontuação, simplesmente ocorrem. Por conseguinte, não prestamos atenção a eles, não nos damos conta de que podemos elevar sua vibração e, por fim, acabamos por nos tornar seus reféns.

No entanto, o que faz o contato entre o corpo e o espírito? A mente, os pensamentos. Portanto, é importante prestar atenção a eles. 


Normalmente nossos pensamentos vêm e vão de modo aleatório, sem que tenhamos consciência deles e, quando nossa mente está confusa, nossas ações refletem esse estado - e , então,  ficamos andando de um lado para o outro sem saber qual rumo tomar.

No entanto, quando nossos pensamentos são claros, conseguimos nos direcionar, manter o foco, estabelecer metas exequíveis e agir de acordo com nossos princípios - e, pequenos “milagres” acontecem em nossa vida - os quais alguns chamam de sincronicidade; outros, fruto da sorte. Não importa o nome que se dê a eles, o importante é perceber e aceitar que há um poder, uma energia superior que age além de nosso ego e está em ação - basta estarmos sintonizados a ela.

Quantos de nós já não sentiu na vida a força do otimismo, momentos em que tudo parece fluir a nosso favor; e, também, a do pessimismo, quando tudo que desejamos é que o dia acabe logo, pois o Universo parece conspirar contra nós.

Portanto, é importante lembrar de que nossos pensamentos têm força, energia e de que precisamos cuidar deles.

Não é por acaso que a mente é sempre citada como a ponte entre o corpo e o espírito.

Quanto à alma, prefiro discuti-la mais adiante, pois é um assunto controverso. De acordo com alguns estudiosos ela seria o último estágio de evolução do ser; quando nos sentimos e somos parte do Universo; diferentemente do nível espiritual - o estágio no qual encontramos nossa verdade e buscamos nos conectar à Verdade.

Para finalizar este post gostaria de oferecer a vocês uma mensagem atribuída a Goethe que demonstra quão poderosa pode ser a ação da mente e de nossos pensamentos: 

No tocante a todos os atos de iniciativa e de criação,
Existe uma verdade fundamental cujo desconhecimento
mata inúmeras ideias e planos esplêndidos:
A de que, no momento em que nos comprometemos definitivamente,
a Providência também se move.
Para ajudar-nos, ocorre toda espécie de coisas que
em outra situação não teriam ocorrido.
Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão,
fazendo surgir a nosso favor toda sorte de incidentes,
encontros e assistência material
que nenhum homem sonharia pudessem vir a seu encontro.
O que quer que você possa fazer ou sonha poder fazer,
FAÇA-O!!!
Coragem contém genialidade, poder e magia.
Dê o primeiro passo.
Agora!



Beijos repletos de serenidade e espírito,
Cláudia Coelho
  

domingo, 10 de março de 2013



CRÔNICA DO DOMINGO ANSIOSO DE 10 DE MARÇO DE 2013






De sábado para domingo dormi como um anjo. O sábado foi um dia muito bom: trabalhei pela manhã, passei parte da tarde compilando textos para o livro que pretendo publicar, permiti-me descansar, fiz ginástica e, por fim passei horas agradáveis com minha mãe, conversando, dando risada de nossas “desgraças”, assistindo à novela das 9h, xingando os absurdos e a falta de continuidade da trama – tenho a impressão de que os produtores consideram os telespectadores um grupo de ignorantes. Mesmo assim, mas assistir a novelas é um hábito arraigado nos brasileiros e, por pior que seja o enredo, lá estamos nós, em frente à “telinha” - talvez esse seja um momento necessário de alienação dos absurdos que ocorrem na chamada “vida real” e com os quais temos de conviver dia após dia.
Acordei no domingo tranquila, afinal há meses não tinha um dia que pudesse dedicar a mim, mas por motivos alheios à minha vontade - e que não cabem ser citados aqui, tive uma crise de ansiedade, e lá se foi meu domingo “tranquilo” por água abaixo. Como sou ansiosa “de carteirinha”, vi-me andando de um lado para o outro em minha sala 2 x 4, pois esse é o espaço que me resta em um apartamento de um dormitório repleto de livros, respirando fundo a cada passo tentando me acalmar: até meu gato que sempre fica a me lado, fugiu de mim, refugiando-se na varanda. Abri então a porta do apartamento para aumentar a extensão do circuito; andando pelo hall de entrada e pela sala, por vezes fazendo um pit stop na cozinha para respirar e buscar elevar a vibração de meus pensamentos.
Cansada de andar de um lado para outro, resolvi fazer o mesmo que Ivete Sangalo faz para relaxar (pelo menos foi o que ela relatou em uma entrevista com Jô Soares) – mergulhar na faxina da casa, limpando cada cantinho, cada fresta, com esmero. Bem, funcionou, minha ansiedade que é a mesma energia que minha psiquiatra diz que me faz ser uma pessoa criativa, dinâmica e pronta a enfrentar desafios baixou, e então me lembrei de um texto bíblico:  o Livro de Eclesiastes, considerado por alguns como o Livro da Sabedoria, o qual faz parte do Velho Testamento e que já foi cantado por ninguém menos que Renato Russo: 


“Tempo para Tudo”

Acredito que muitos de vocês o conheçam, mas gostaria de registrá-lo aqui para que meus leitores nunca se esqueçam dessas palavras de sabedoria e lembrem-se delas nos momentos de aflição:





“Tempo para Tudo”
Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:
Há tempo de nascer e de morrer;
Tempo de plantar e tempo de colher o que foi plantado;
Tempo de matar e tempo de curar;
Tempo de derribar e tempo de edificar;
Tempo de chorar e tempo de rir;
Tempo de lamentar e tempo de dançar;
Tempo de atirar pedras e tempo de juntá-las;
Tempo de abraçar e tempo de apartar-se;
Tempo de buscar e tempo de perder;
Tempo de guardar e tempo de jogar fora;
Tempo de rasgar e tempo de coser;
Tempo de calar e tempo de falar;
Tempo de amar e tempo de odiar;
Tempo de guerra e tempo de paz.


Percebi então, que cabe a nós saber o momento em que nos encontramos e apreender o ensinamento imbuído neste.
No meu caso percebi que esse momento pedia de mim que abrisse mão de minha prepotência, minha desconfiança, meu medo de críticas, que alguns acreditam ser arrogância, e aceitar que por vezes precisamos da ajuda e do apoio dos que nos são mais próximos, sem me sentir diminuída, sem me menosprezar; mas, ao contrário, dar graças por ter com quem contar – pessoas que me amam e arregaçam a manga por mim.
Obrigada família, obrigada amigos, obrigada...
Beijos
Clau



sexta-feira, 8 de março de 2013


ORÁCULO DO DIA 08 DE MARÇO DE 2013




DIA INTERNACIONAL DA MULHER 


Certo dia Esther caminhava pela terra árida, ressequida e trincada que cercava sua casa e que antes abrigara um lindo jardim, repleto de flores, um pomar e uma horta da qual tirava o sustento da família. 

No entanto, o tempo seco, a falta de chuva e o calor mataram o solo fértil.



Cansada e sem saber mais o que fazer sentou-se cabisbaixa à beira do que um dia fora um riacho e chorou por minutos, horas, segundos, quem sabe? Em dado momento, lembrou-se de que tinha de dar de comer aos filhos, eles precisavam dela; Esther não podia fraquejar. Então, abriu os olhos, e qual não foi sua surpresa ao ver algo bem pequenino, uma única folha, brotando de uma poça formada no mesmo lugar onde suas lágrimas haviam vertido. Uma única folha que trazia em si a semente da ESPERANÇA e, naquele momento, Esther teve certeza do que lhe cabia fazer e resoluta, segurou a semente em suas mãos, plantou-a no coração, levantou-se e voltou para casa, para os filhos que, à porta, a esperavam.


Neste dia, e em todos os dias do ano, plante uma semente em seu coração, onde a terra é boa e naturalmente dadivosa.
 Mas, lembre-se: é importante escolher as sementes certas:
. A semente da FÉ, da qual brotarão flores que deixarão seu coração resistente e fortalecido, pronto para enfrentar quaisquer dificuldades.
. As sementes da ALEGRIA e do ENTUSIASMO que gerarão flores que servirão de adubo para as outras.
. A semente da HUMILDADE, pois esta planta tem o poder de impedir o crescimento das ervas daninhas do orgulho, do egoísmo e do ressentimento.
. A semente da PERSEVERANÇA, que deve ser plantada nos quatro cantos do seu jardim. Elas crescerão lentamente, mas não se preocupe; elas existem para que você entenda que, às vezes, é preciso esperar para conseguir algo realmente valioso e definitivo.
. A semente do AMOR UNIVERSAL. Suas flores são tão sublimes que permitirão que o perdão, a gratidão, e o sentido de união com todos os seres germine.
E, por fim...
. A semente da SABEDORIA a qual é importante regar a cada dia, pois seus brotos exalam o perfume do discernimento.
Com sementes e beijos,
Cláudia Coelho

terça-feira, 5 de março de 2013


ORÁCULO DE SOPHIE DE 05 E 06 DE MARÇO DE 2013







Certo dia a princesa Sophie, uma amante da Sabedoria, sem mais saber o que fazer para inspirar os homens de Luminarius que estavam em batalha, viajou até Delfos para consultar o Oráculo. 

Ao apresentar-se à sacerdotisa, esta sem dizer uma palavra, mostrou-lhe a carta do tarô de número dezessete, a Estrela.

Sophie, sem entender a mensagem fez a seguinte pergunta:

 - Como posso pedir a homens que nada mais veem do que as pegadas do inimigo para olharem em direção ao céu?

À qual a sacerdotisa respondeu:

- A estrela representa a esperança, a força que nos mantém vivos durante as guerras internas e externas:

É uma semente de sabedoria e alegria,
 que veio ao mundo para
 unir os que estão dispersos;
trazer luz e vida aos que não têm mais perspectiva;
resgatar o milagre da Criação no coração dos que já perderam a fé.



Beijos repletos de esperança,
Cláudia Coelho

segunda-feira, 4 de março de 2013


PARÁBOLA DA SOLITÁRIA DE 03 E 04 DE MARÇO DE 2013

DA ESCURIDÃO À LUZ...




Once upon a time...

Era uma vez um homem que sem saber como, nem por que, se viu preso em uma solitária. A única luz que adentrava o recinto vinha de uma diminuta fresta na parede.

A princípio o homem se revoltou, queria voltar a vislumbrar a claridade do dia, o céu azul, o brilho das estrelas. No entanto, com o passar do tempo se acostumou à escuridão e veio a acreditar que tudo que antes vivera não fora nada além de um sonho, algo que não lhe cabia mais ter e que a cela era a única realidade.

Certo dia, inesperadamente, a porta da cela se abriu e ele correu para o meio de um pátio iluminado pelo sol ardente do meio-dia e circundado por celas iguais àquelas onde ficara. Sua primeira reação: olhar em direção ao céu. O brilho, entretanto, foi tão intenso que quase o cegou, e ele voltou às pressas à cela escura onde se sentia a salvo.




Com o passar do tempo e a despeito de seu sentido de segurança, o homem não conseguia esquecer a luz, queria voltar a vê-la, senti-la, mas tinha consciência de que lhe faltavam forças. 
E, então, decidiu prepara-se para o tão desejado encontro. Dia após dia tirava um tijolo da parede, deixando um pouquinho mais de luz penetrar na cela. A princípio a observava a distância, tinha medo - as feridas do último encontro, ainda expostas. Mas com o tempo foi se sentindo seguro, à vontade com a presença da claridade, e pouco a pouco se entregou a seu calor, aconchego e afago.

Certo dia, quando poucos tijolos restavam, ele olhou para a porta de sua cela e percebeu que não havia nenhum cadeado prendendo os ferrolhos que o impediam de votar ao pátio. Receoso, levantou-se, caminhou pé ante pé até a porta, soltou suas travas abrindo-as com muito, muito cuidado.




Qual não foi sua surpresa ao descobrir que a luz que quase o cegara agora o acolhia.

A história acima tem várias interpretações.

Uma delas diz respeito às prisões, em especial as interiores, onde nos colocamos sem nos darmos conta. Da mesma forma que a luz nos penetra aos poucos, assim também age escuridão e, por fim, sem saber como, nem por que, como o homem da parábola acima, nos encontramos enredados em uma situação para a qual não vemos saída – os sinais de que isso está prestes a acontecer nos são dados, mas nós, de modo geral, os desprezamos.

Outra está relacionada às travas que nós mesmos construímos em nosso interior e que nos impedem de evoluir, de ir em direção à luz e ao que nos faz sentir plenos.

Além disso, gostaria de destacar o que, de modo geral, implica um processo de mudança.
Por mais que desejemos, por vezes, transformar nossa realidade de um dia para o outro, esse movimento é paulatino, construído dia após dia por meio de pequenas ações. Caso não seja assim ele não se sustenta e voltamos ao conhecido, à acomodação. 
  
Finalmente, gostaria de reiterar a seguinte passagem  de um texto que li, cujo autor infelizmente desconheço:
“Lembre-se de que nunca há uma única interpretação para qualquer mensagem, história, parábola... Cada um de nós extrai um sentido ou significado e cada um deles é tão importante, pertinente e válido quanto o outro”. 
PS: Durante períodos de mudança lembre-se de que:
            É importante usar “óculos escuros”.
Livrar-se das prisões interiores é mais difícil do que sair de um presídio de segurança máxima.
            É imprescindível ter paciência e gentileza consigo.
Ter uma recaída é apenas um percalço; não há por que se culpar.
Caso tenha em si muitas celas escuras, priorize e mantenha o foco, iluminando uma delas de cada vez.
E, acima de tudo, proceda com calma; degrau por degrau.


Beijos e luz,
       Cláudia Coelho