quarta-feira, 13 de março de 2013


ORÁCULO DA SOLITUDE DE 14 E 15 DE MARÇO DE 2013

Dedicado a Fernanda Coelho



Ontem, ao acordar deparei-me com uma mensagem encaminhada por minha prima Fernanda que dizia: "Clau, não deixe de assistir a esse vídeo!".

Fernanda e eu havíamos perdido contato há muito tempo, e as festas em família hoje não são mais tão frequentes quanto o eram há 20 anos, mas, para minha surpresa e alegria, e por obra do acaso,  voltamos a nos falar. 

O vídeo em questão era o de uma conferência de Joyce Meyer – uma oradora americana que não tem “papas na língua” - durante a qual ela discorre sobre a solidão, uma pandemia nos dias de hoje. 


Sempre fui avessa a oradores americanos, mas as palavras de Joyce me tocaram. 

Encontrava-me frustrada pois a maior parte de meus contatos, meus ditos “amigos”, se encontram no Facebook, no Skype, e mesmo assim, ou, exatamente por isso, quase nunca atendiam aos meus telefonemas e, quando o faziam estavam sempre “muito ocupados”. Imagine o que diriam caso eu propusesse me encontrar com eles  ao vivo e em cores? Provavelmente: “Quem sabe no próximo semestre ou no ano que vem...”. E o que dizer quanto aos milhares de e-mails que recebemos, mesmo de contatos profissionais,dizendo: “Entro em contato, o mais tardar, ao final da tarde” e, esse retorno nunca vem, nem no final da tarde, nem nos dias seguintes. 

Bem, vamos deixar de milongas e ir ao que realmente importa: a mensagem de Joyce Meyer.
Acredito que suas palavras servirão a muitos, assim como serviram a mim e, portanto decidi compilar suas principais ideias neste post:


  • Você nunca está só. Há milhares de pessoas que compartilham dos mesmos sentimentos.
  • Você não deve nada a ninguém.
  • Quando sofremos uma perda e nos sentimos vazios a pior coisa que pode nos acontecer é nos ver rodeados de pessoas que se mostram “felizes”.
  • Você não caminhará sobre as águas caso não saia do barco.
  • O Universo quer que saiamos de nossa “zona de conforto”.
  • Às vezes a única coisa que precisamos é ter alguém que nos abrace e diga: “Estou a seu lado”.
  • Os pássaros voam em bando, mas a fênix voa sozinha, renascendo das cinzas. 
  • Mesmo quando nos sentimos sozinhos, feridos e que ninguém nos compreende a pior atitude que podemos ter é alienar-nos do momento. Isso gera sentimentos conflitantes e dá espaço para que o espírito da tristeza se apodere de nós.
  • A solidão não está relacionada à quantidade de pessoas com quem convivemos, mas, sim, à qualidade delas.
  • É preciso validar seus sentimentos e suplantar a dor de ser mal compreendido por alguns dos que lhe são caros -  o que na psicanálise é citado como “suplantar a falta de ter um interlocutor.
  • É preciso olhar o momento com os “Olhos da Fé”, sabedor de que as coisas temporais são breves e passageiras. Exercite a habilidade de ver além do momento e o aprendizado que este pede.
  • Não fique sentado, desencorajado, sem saber para onde ir. Faça uso de seus recursos internos.
  • Observe seus “heróis”. De modo geral, são pessoas que passaram pelo mesmo que você e conseguiram dar a volta por cima.
  • Sê fiel á sua caminhada, mesmo que seu fogo interior esteja se extinguindo. Por vezes só precisamos de algo ou alguém que dê uma lufada de ar na fagulha que ainda resta em nós para acender nossa fornalha interior.
  • Conscientize-se de que uma dificuldade não é motivo de tristeza, mas, sim, de alegria, pois ao vencê-la você se tornará uma pessoa melhor.
  • E, por fim, caso se sinta desolado, deprimido, não se prenda ao momento. Saia e faça algo em prol de alguém. Além de fazer bem ao espírito, isso o ajudará a mudar sua percepção de mundo.
E lembre-se sempre de que:

“Quanto mais mantivermos o foco em nossas adversidades, em nossos problemas, maior eles se tornarão e, por fim, se transformarão em um monstro que nos consumirá. Entregue-os, pois, ao Universo, para não ser tomado por eles, e aceite que, por vezes, nós, seres humanos, somos impotentes perante a adversidade.”


 

Beijos de quem se encontra sozinha, mas  de forma alguma solitária, 
Cláudia Coelho

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