segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

QUE ESTE ANO QUE SE APROXIMA, E OS DEMAIS, SEJAM DE COLHEITA DE TODOS OS BONS FRUTOS QUE PLANTAMOS EM 2013,


 E QUE...

Tenhamos a coragem de agir em relação ao outro com a mesma transparência que exigimos do governo e dos governantes, pois...



O que incomoda é o discurso ambíguo, a crítica velada oculta na máscara do sorriso – aquela que se percebe no olhar, na linguagem do corpo, no frio abraço de despedida.
A palavra contundente é preferível à falsa aceitação – esta, sim, fere o ser humano. 

Beijos autênticos, 
Cláudia Coelho

sábado, 28 de dezembro de 2013

MOMENTO DESCONTRAÇÃO DE FIM DE ANO

Pena a "paródia" abaixo não ser de minha autoria. Um dia ainda chego lá. kkk

Abreijos brejeiros,
Cláudia

PS: Divulguem!!!


A TARTARUGA EM CIMA DO POSTE



Enquanto suturava um ferimento na mão de seu paciente, um mero gari idoso cuja mão fora cortada por um caco de vidro indevidamente jogado no lixo, o médico começou a conversar com o senhorzinho sobre o clima, o país, o governo e, fatalmente, sobre a Dilma.

O velhinho disse:
"Bom, o senhor sabe... a Dilma é como uma tartaruga
em cima do poste...".

Sem saber o que o gari quis dizer, o médico perguntou o que significava uma tartaruga num poste.
E o gari respondeu:

"É como quando o senhor vai indo por uma estradinha, vê um poste e lá em cima tem uma tartaruga tentando se equilibrar...
-
Isso é uma tartaruga num poste!

Diante da cara de interrogação do médico, o velhinho acrescentou:

Você não entende como ela chegou lá;
você não acredita que ela esteja lá;
você sabe que ela não subiu lá sozinha;
você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
você sabe que ela não vai fazer absolutamente
nada enquanto estiver lá;
Você não entende por que a colocaram lá...”
Após o colóquio, o médico concluiu que nada mais nos resta a fazer a não ser ajudar a tartaruga a descer do poste e providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente não é o lugar dela".

Ajude a Tartaruga a descer do poste...
e evite que coloquem outra parecida em seu lugar!


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PALAVRAS DE SABEDORIA PARA O ANO-NOVO




Gostaria de partilhar com vocês a conclusão que cheguei após organizar um livro com pensamentos e frases de 60 personalidades – de Aristóteles a Stephen Hawking – passando por Paulo de Tarso, Voltaire, São Tomás de Aquino, Adam Smith, Jonathan Swift, Joseph Campbell, Cora Coralina... bem, a lista é imensa, e o livro mereceria no mínimo três edições para contemplar todos aqueles que merecem ser citados: 



“Sábio o homem que não se contenta em saber os fatos, mas está sempre a perguntar como e por quê.

Releitura de Cláudia S. Coelho



domingo, 22 de dezembro de 2013

MEUS VOTOS !!!




Pensei, pensei e pensei, mas não consegui inspiração para escrever algo que considerasse realmente significante para este período em que todos, de modo geral, param e refletem sobre o que fizeram durante o ano que está prestes a findar e criam propósitos e propostas para o ano que virá. 

Felizmente, por obra do acaso, deparei-me com uma frase de Carl Sagan que calou em mim e gostaria de partilhá-la com você - que está aqui a ler o que tenho a dizer, que acompanha minha trajetória e, portanto, mesmo que nunca tenhamos nos encontrado em outro espaço, tenho certeza conhece parte de minha alma.  

Gostaria de dizer-lhe que...


"Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você."
Carl Sagan


Desejo a você um Natal com espírito de renovação
e um ano verdadeiramente Novo! 

Com amor,


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

EU, PREDADOR




Antes que leia o poema abaixo, gostaria de dizer algumas palavras para que você entendesse o contexto em que foi escrito. Ele foi criado em um momento muito especial, durante o qual estava trabalhando com uma conhecida que veio a se tornar grande amiga. Ainda me recordo de cada uma das palavras que trocamos nas diversas tardes de sábado que passamos juntas. Infelizmente, por obra do destino, nossos caminhos se bifurcaram, mas a síntese de nossos encontros, as conclusões que chegamos, após analisar horas de entrevistas que deixaram mais do que patente o efeito destrutivo que algumas relações podem ter sobre a alma humana, estão nos versos que se seguem. Por terem sido fruto daqueles instantes mágicos em que os aparentemente dispersos fios de um novelo se unem formando um todo coerente e coeso, dedico a ela estes versos, os quais foram agraciados com o Prêmio Literário do Sindi-Clube, na categoria poesia. 

EU...





Sei que mal te faço,
Sei que mal te causo,
Sei que mal te inflijo.

Não há em mim, no entanto, culpa, remorso ou pesar,
Pois minha alma é vazia, um nada,
Onde não há nenhum rastro de humanidade.

Essa é minha matéria,
Essa é minha natureza,
Essa é minha essência,
E de mim não posso fugir, mas tu podes.

Portanto vá enquanto há tempo,
Antes que eu te aniquile,
Antes que eu te destrua e parta,
Pois serventia não mais terá.

Por teu bem: “Olhe além das aparências” e
Não te deixes iludir por minha faceta de bom moço,
Pois sou um mestre na arte de dissimular,
E nesta está meu prazer.

Talvez eu dê a impressão de que preciso de ti
E virás a acreditar que és minha salvação,
Mas, repito: “Não te deixes iludir” ,
Isso é apenas um jogo.

Um jogo racional, delineado, arquitetado,
Cujo único objetivo é enredar-te,
Tornar-te minha presa, torturar-te e
Fazer-te refém.

Meu maior temor é que descubras o nada que realmente sou,
Portanto não ouses fazê-lo,
Pois minha vingança será implacável,
E de ti nada mais restará.

Talvez seja difícil acreditar que minha máscara oculte
um ser cujo prazer seja destruir; jamais criar.
Que eu seja um autômato que te aniquilará de todas as formas possíveis,
Por possuíres todos os traços que minha natureza me nega.

Creia-me: escolhi-te a dedo,
Tu és sensível,
Tu és vulnerável,
Tu és humano.

Por vezes, pareço ter um rasgo de consciência, mas não te deixes enganar,
Essa é mais uma de minhas estratégias engendradas,
A fim de trazer-te para junto de mim,
A fim de confundir-te.
Meu objetivo não é roubar de ti o que possuis,
Pois em mim não há espaço para o fogo da
Empatia, do amor, da compaixão...
Sentimentos que definem nossa humanidade.

Meu prazer reside em assolar teu espírito,
Quiçá teu corpo,
Sem deixar qualquer vestígio do que um dia fostes:
Um ser dotado de alma.

E após exterminar-te, continuarei a seguir minha trilha,
Fingindo ser aquilo que nunca poderei ser,
Manipulando tudo e todos ao meu redor,
Sempre à espera da próxima presa.

Alguns me perguntam se sou feliz,
Como responder ao que não conheço?
Alimento-me de meu intelecto, de minha racionalidade,
De minha frieza, de meu desprezo. 

Desprezo por aqueles que sabem o que é alegria, amor, tristeza, compaixão...

A única certeza que tenho é que permanecerei em meu caminho,
Deixando um rastro de destruição às minhas costas,
Sempre à espreita da próxima vítima,
Sempre à espreita de você.

Quem sou eu? Deves estar a perguntar.
Sou aquele que te seduz,
Sou aquele que te devora.






O lobo em pele de cordeiro, 
que a teu lado está.

Cláudia S. Coelho


















sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

LINGUAGEM CORPORAL

Quando um gesto vale mais que mil palavras




Inspirada pelo último livro do qual fui redatora, Linguagem do corpo, e por minha verve “bailarinística”, a qual me levou a enxergar as nuances de significado imbuídas nos gestos que expressamos, decidi postar uma pequena coletânea de pequenos versos que criei e recriei para tal publicação. Afinal assim como uma imagem, por vezes, um gesto vale mais do que mil palavras e sempre vale a pena nos lembrarmos de que...

QUANDO A BOCA CALA, O CORPO FALA E...



APRENDER A LER O CORPO É APRENDER A LER O QUE AS ENTRELINHAS DA ALMA OCULTAM... PORQUE...
É MAIS FÁCIL SILENCIAR A BOCA DO QUE O CORPO. ESTE, INDEPENDENTEMENTE DE NOSSA VONTADE, EXPRESSA O QUE SENTIMOS E O QUE, POR VEZES, EVITAMOS DIZER A NÓS MESMOS, TAL QUAL UM JORRO D’ÁGUA CUJA FORÇA É IMPOSSÍVEL CONTER, DE MODO QUE...

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta sufoca quando não é possível
expressar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a criança interna tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam
as fronteiras da imunidade.

E NÃO SE ESQUEÇA DE QUE...

Há mais no jogo do me curvo, recuo; me aproximo, distancio, do que possa imaginar nossa vã filosofia pois...





BRAÇOS ABRAÇAM,
BRAÇOS REJEITAM,
BRAÇOS ACOLHEM,
BRAÇOS AFASTAM,




E as mesmas

MÃOS QUE AJUDAM,
QUE ORAM,
QUE AFAGAM,
SÃO AS QUE APARTAM.





E na dança da sedução quanto mais...

TE OLHO,
TE QUERO,
ME MOSTRO,
TE ESPERO,
TE...


Você caminha em minha direção, passos largos, firmes, firmes
demais - ombros tesos, braços rijos, olhar duro, sobrancelhas
levemente arqueadas, maxilar cerrado.
Ao nos aproximarmos, meneio a cabeça; você, que sempre me
recebera com um abraço caloroso,mantém uma distância segura
e estende o braço em minha direção, polegar em riste.
Enquanto respondo ao cumprimento, recordo-me de nosso
último encontro: uma conversa cheia de farpas, críticas, entremeadas
por silêncios constrangedores.
Sua mão abarca a minha; palma voltada para baixo. A minha se
submete coberta de suor frio. Há em meu interior um tremor quase
imperceptível. Sem uma palavra sequer, como se nunca tivéssemos lá nos encontrado,
você indica com um gesto a direção de sua sala.
Entramos. Os móveis estão em outra posição: sua mesa, agora,
voltada para a porta de entrada. Por um instante hesito.
O tempo estaciona. Mais uma vez, com um gesto apenas, me “diz” onde devo me sentar.
Ao acomodar-me, mantenho o olhar parado em direção ao centro da mesa, tronco arqueado,
mãos sobre o colo, úmidas; o suor começa, então, a brotar em minha fronte. A única coisa que
me prende ao momento são os pés unidos, agarrados ao chão.
Ergo o olhar. Você está à minha frente, sentado
do outro lado da mesa, recostado, braços cruzados, perscrutando minha alma.
De repente, por instinto, inclino o tronco à frente, apoio os cotovelos
sobre a mesa, coloco as mãos juntas sob o queixo, inclino
a cabeça para a direita e com um meio-sorriso pergunto:
“Como vai?”.

Cláudia S. Coelho


PS: O objetivo do texto acima é mostrar o quanto pode ser dito sem que uma palavra seja expressa. No entanto, caso alguma das mensagens implícitas em algum dos gestos citados acima não tenha ficado claro, entre em contato com claucoelho@uol.com.br. Terei o maior prazer em responder a suas dúvidas. 
E, caso queira conhecer mais sobre o universo da linguagem corporal, leia o livro Linguagem do corpo a ser lançado nas bancas pela Discovery Publicações.