DESABAFO - PARTE II
E assim como Moisés ao descer o Monte Sinai trazendo em suas mãos as tábuas da Lei ditadas pelo Senhor surpreendeu-se ao encontrar seu povo adorando um bezerro de ouro por haverem perdido a fé no Supremo, surpreendo-me ao perceber que muitos de nós cá estamos, milhares de anos depois, adorando “bezerros de ouro”: nossa posição, nossos carros, nossas casas, nossos bens – tudo que temos e pouco do que somos. Princípios, integridade hoje pouco valem, por vezes chegam a ser rechaçados, ridicularizados, considerados conceitos ultrapassados frente à onda de consumismo que toma o homem de hoje. Espiritualidade e todos os seus adendos: amar o próximo, buscar fazer o bem, estar em comunhão com o divino, etc. tornaram-se termos piegas, que alguns, inclusive eu, devo confessar, evitam usar para não ser mal interpretados. E, assim, caminhamos. Para onde? Não sei. Ocultamos quem somos, vestimos máscaras, buscamos nos adaptar à sociedade por uma questão de sobrevivência.
Portanto caso encontre em seu caminho ao menos uma pessoa que faça com que você se sinta valorizado pelo que és e não pelo que tens, agradece ao Universo por essa benção.
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